A obra 'A transformação da floresta' estende a todo o país a candidatura aos Campeonatos do Mundo de esqui alpino Andorra 2027 através dos valores da cultura e da sustentabilidade
A escultura do arquiteto e artista andorrano Miquel Merce é um projeto inspirado na pista Avet do sector Soldeu de Grandvalira e será exposta nas sete parròquies

Encamp, segunda-feira, 15 de setembro de 2021. O arquiteto e artista andorrano Miquel Merce apresentou esta segunda-feira 'A transformação da floresta', um projeto escultural que quer realçar a candidatura aos Campeonatos do Mundo de esqui alpino Andorra 2027 através dos valores da cultura, da arte e da sustentabilidade. Ao mesmo tempo, visa tornar extensivo a todas as parròquies e à sua população o evento destinado a ser um feito histórico para o desporto andorrano e para o país em geral.

 

Merce, que foi o autor, em 2015, da obra 'Comprimento' integrada na bienal de Land Art - a partir de uma tela branca com mais de 200 metros que cobriu a encosta de Carroi, gerando uma elevada expetativa - inspirou-se no logótipo da candidatura para criar a sua obra e, muito em particular, na pista Avet (Soldeu), cenário onde se celebrará a competição (juntamente com a pista Àliga de El Tarter), se Andorra acabar por ser a candidatura escolhida pela Federação Internacional de Esqui. A Avet, explicou o artista, simboliza a flora e o ambiente natural privilegiado onde se encontram as pistas de esqui do país. Paralelamente, a Avet como pista simboliza a solidez e grande parte do caminho que os sectores de Soldeu El Tarter de Grandvalira percorreram até chegar à celebração de grandes eventos desportivos mundiais. Além disso, acrescento Merce, a obra "exprime a união da sociedade de Andorra para enfrentar desafios comuns".

 

A obra é composta por uma base realizada em betão e elementos que podemos encontrar nos subbosques de Andorra e por um corpo em forma de árvore com uma pinha gravada, como elemento que transmite o ciclo natural da floresta. Quanto ao tronco que a sustenta, é feito de varão de ferro.

 

Tal como a candidatura aos Campeonatos do Mundo de 2027, é um projeto global, do país (continuando a filosofia que marcou todos os eventos internacionais organizados por Grandvalira até à data e que tiveram o seu momento culminante nas bem-sucedidas Finais da Taça do Mundo, em 2019. 'A transformação da floresta' também quer ser um projeto que todos os cidadãos de Andorra possam fazer seu. Por este motivo, terá um carácter itinerante e será exibida pelas sete parròquies nos próximos meses em locais singulares e, ao mesmo tempo, pontos nevrálgicos de cada uma, para que a obra também chame a atenção dos visitantes. A primeira localização, apresentada hoje, é a praça dos Arínsols em Encamp.

 

A partir de agora, irá sendo exposta em todas as parròquies e "adaptar-se-á a cada situação e ambiente, conforme as necessidades", explicou Merce.

Além disso, a escultura é acompanhada por um totem informativo com um código QR realizado pela empresa andorrana Parl’app, com todos os detalhes do seu processo de criação e resultado final, bem como da candidatura aos Campeonatos do Mundo de 2027. A informação está disponível em braille, em 5 idiomas, áudio, língua gestual e legendagem.

 

O cônsul menor de Encamp, Joan Miquel Rascagnères salientou que o ato de hoje "coloca em evidência dois valores essenciais da vida em sociedade e muito positivos desta candidatura, a aliança entre o desporto e a cultura".

 

Por seu lado, o diretor-geral da candidatura Andorra 2027, David Hidalgo, explicou que "o projeto deve chegar a cada um dos recantos do nosso país e, para isso, nada melhor do que levá-lo às 7 parròquies. O que procurámos foi desdobrar todas as características que possam derivar de uma candidatura como esta. Temos a parte desportiva, mas também a cultural, a da acessibilidade e a da sustentabilidade".

 

A segunda vida de 'A transformação da floresta'

Mantendo os valores de sustentabilidade promovidos pelos sectores de Soldeu El Tarter de Grandvalira, que se aplicam às suas instalações e são defendidos em todos os eventos e ações que organiza, a obra está destinada a ter uma segunda vida. Como é feita de materiais reutilizáveis, recicláveis ou recuperáveis, reforça também a mensagem de sensibilidade para com a paisagem do país. Assim, o ferro do tronco das árvores será reciclado para utilização no sector da construção e a reutilização do corpo (a pinha) está reservada para uma ação futura, quando a FIS divulgar qual será a sede dos Campeonatos do Mundo de 2027.

 

A localização seguinte prevista para a exposição será nos Jardins da Casa Pairal de Ordino, de 6 a 26 de dezembro.

 

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